Esqueiros


População: 528 habitantes (pelos Censos 2001)

Actividades Económicas: Agricultura, pecuária e oficinas metalúrgicas.

Festas e Romarias: Santo António (13 de Junho) e S. Pedro (29 de Junho).

Orago: São Pedro

Património cultural e edificado: Igreja paroquial e cruzeiro.

Artesanato: Cestaria em vime.

Situada a 2 Km da sede do concelho, Esqueiros pertenceu, até 1855, ao concelho de Vila Chã, tendo então passado para o de Vila Verde.
Eclesiasticamente, devido aos seus parcos rendimentos, tem andado, quase sempre, anexa a
outras freguesias.
Possui, no entanto, uma boa igreja paroquial, de arquitectura setecentista, com a particularidade, única em todo o concelho e muita rara em tais circunstâncias, de ostentar, lá no alto, em homenagem ao seu padroeiro, o Príncipe dos Apóstolos, a cruz papal. As armas pontifícias constituem, igualmente, motivo decorativo da fachada.
Um cruzeiro situado a pouca distância da igreja é, também, rematado pelas insígnias papais: uma cruz de três braços, assente sobre um globo atravessado por uma chave.
Sobre os cruzeiros diz-nos António José Nogueira que "A sua construção desenvolve-se também nos séculos XVI, XVII, XVIII. Tal como as alminhas, os cruzeiros surgem duma arreigada tentativa de afirmação católica junto do povo.
Eles situam-se a maior parte das vezes junto das igrejas ou capelas, e à sua volta desenvolveram-se cerimónias religiosas, sendo o mais importante as procissões que saíam da igreja e regressavam depois de terem deambulado em volta do cruzeiro. Importante parece ser também a simbologia que está muitas vezes patente na sua construção, pois paralelamente à cruz e encimando a coluna é frequente aparecer uma esfera — Símbolo do mundo, sendo esta encimada pela cruz — Símbolo de Cristo, Redentor e Salvador.
A simbologia porém não fica só por aqui. Notório é igualmente a riqueza decorativa que comportam alguns, sobretudo na coluna e no capitel, onde abunda uma linguagem por vezes diversificada.
As alminhas e os cruzeiros constituem factos históricos de uma inegável importância documental. Neles está presente mais do que a religiosidade popular, uma crença, o resultado de um fenómeno mental de carácter antropológico, e um pedaço da história do homem (da história no sentido estrutural)".
Esta freguesia entra em festa, a 13 de Junho. É o Santo António! Uma festa profana, com folclore e arraial. A 29 de Junho, na igreja, festeja-se ainda o S. Pedro.

Bibliografia

Dicionário Enciclopédico das Freguesias 1º Volume (Braga-Porto-Viana do Castelo) –MinhaTerra (Estudos Regionais de Produção e Consumo, Lda)